Por Professor Reginaldo Brito de Morais
Estudaremos neste artigo um dos mais belos conteúdos escritos por esse evangelista, por tratar das verdades e fidelidade. O mesmo preocupou-se em documentar os mais belos e deslumbrantes conteúdos da história vivida com Jesus. Segundo Robert H. Gundry em seu livro “Panorama do Novo Testamento” (página 93), aponta a revelação como sendo o Messias tão esperado pelo povo judeu.
Este evangelho, que vem com o nome do próprio escritor Mateus, encontra-se nele uma das mais belas obras literárias, onde podemos mergulhar nos mais profundos ensinamentos de Jesus. Segundo Robert H. Gundry em seu livro “Panorama do Novo Testamento” (página 95), “Era importante que Mateus demonstrasse aos seus leitores judeus o fato de que a genealogia de Jesus, seu Messias, remonta a Abraão, por intermédio de Davi”.
O nascimento de Jesus salienta o tema do cumprimento, retrata a realeza de Jesus e sublinha a importância de Jesus Cristo para os gentios. O conteúdo exposto do capítulo 5 ao 7 contém o Sermão da Montanha, no qual Jesus descreve como as pessoas devem viver no Reino de Deus (Bíblia de Estudo Plenitude).
O Sermão da Montanha retrata a qualidade de vida que o homem que está em comunhão com Deus deve produzir diariamente. Além de um programa de vida, ele porta consigo uma promessa de recompensa celestial. Além disso, o autor nos ensina que ainda existem muitas outras bênçãos sociais que o cristão desfruta no dia a dia na relação interpessoal com os outros (Marcos 10.29-30).
No Sermão da Montanha, o Senhor Jesus anuncia para uma multidão de pessoas que o envolvia, com esperança de se libertar da humilhação imposta pelo Império Romano, que os sujeitavam debaixo de leis severas, entre as quais estava a obrigação de tributar ao Império. Não importando com as leis, cultura, crenças e tradições que o povo judeu vivia mesmo em situações desfavoráveis. Esse fato pode ser analisado em muitas fontes seguras de informações, entre elas podemos citar uma grande obra de Flávio Josefo, “História dos Hebreus”. Nesse livro, podemos ver com detalhes os grandes movimentos históricos dos Judeus e Romanos.
Bem-aventurado, no grego, é “makários”, que significa “feliz, afortunado, bem-aventurado” (Interlinear Grego-Português). Jesus, vendo uma grande multidão, desejou ensiná-los sobre o Reino de Deus, então os levou para um monte. Jesus estava usando o ambiente propício onde ele poderia falar à multidão e, ao mesmo tempo, ser ouvido e entendido. Geralmente, em torno dos montes, há um vale que proporciona melhores condições de escuta.
Jesus começa seu sermão totalmente oposto ao cenário macabro da época. Ele mostra que o Reino do qual ele anunciava só poderia ser desfrutado por quem de fato pudesse refletir o caráter do grande rei e pai. Jesus dizia que bem-aventurados seriam aqueles que desejassem verdadeiramente nascer de novo (João 3.1-21). Com novas atitudes, comportamentos e condutas em uma sociedade corrupta, mas que fossem capazes de produzir bons frutos de arrependimento (Mateus 3.2-12) (Gálatas 5.22).
O plano de Deus para você é nada menos do que um novo coração. Se você fosse um carro, Deus controlaria seu motor. Se fosse um computador, Deus controlaria seu software e o disco rígido. Caso fosse um avião, Ele se sentaria na cabine do piloto. Mas como você é uma pessoa, Deus quer trocar o seu coração. Deus deseja que você seja assim como Jesus. Ele quer que você tenha um coração como o dele. (Max Lucado, Literatura, “Simplesmente Como Jesus”, página 14).
Segundo o comentário feito pelo Bispo Abner Ferreira na revista Betel da ABD, na primeira lição do segundo semestre de 2022, página 06, “As bem-aventuranças descritas no Sermão da Montanha não são uma série de regulamentos que alguém deve obedecer para se tornar um cristão, são uma descrição de como um seguidor de Cristo deve viver”.
Com tudo, o Sermão da Montanha continua em uma proporção ainda maior de comprometimento entre os que desejam de fato ingressar neste reino. Jesus faz uma comparação do sal e da luz, ilustrando que aqueles que desejam estar em eminência deveriam servir como verdadeiros luzeiros que proporcionam condições para os que vivem nas trevas e sabor em um mundo amargo pelo pecado (Mateus 5.13-16).
Jesus ainda esclarece que sua estadia neste mundo não era para destruir a lei ou os profetas, mas deixa claro que o objetivo era cumpri-los. Fez diversas comparações sobre os comportamentos dos religiosos daquela época, mostrando maior juízo em determinadas práticas (Mateus 5.17-24).
Mostrou a necessidade de ter uma postura diferente da dos fariseus em relação às esmolas, oração e jejum. Apresentou ainda o modelo de oração ao qual nunca tinha visto, da qual tornou-se conhecida como a Oração do Pai Nosso, ensinando assim que o cristão deve ser totalmente grato e dependente de Deus (Mateus 6.1-18).
O Senhor Jesus apresentou as vaidades e ganância dos homens que, com malícias nos olhos, desejam ansiosamente juntar riquezas. Ele adverte para que não se tornem escravos das riquezas deste mundo, mas antes devemos nos preocupar em acumular somente riquezas no céu, pois onde estiverem as riquezas, ali estará o coração do homem. E que sempre deveríamos permanecer fiéis a Deus, pois é ele quem supre todas as necessidades e dá condições de vida, fazendo uma alusão à superioridade dos homens e das aves do céu e das flores do campo (Mateus 6.19-34).
Assim, o cristão não deve ter o hábito de julgar os outros, mas, ao invés disso, deve preservar e valorizar o que é santo, e assim Deus manifesta sua bondade atendendo às necessidades daqueles que assim procedem. Com isso, Jesus, o Mestre por excelência, apresentou aos homens a porta e o caminho que leva à vida eterna com Deus (Mateus 7.1-14).
“Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar. E se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também. Mesmo vós sabeis para onde vou e conheceis o caminho.” Disse-lhe Tomé: “Senhor, nós não sabemos para onde vais e como podemos saber o caminho?” Disse-lhe Jesus: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.” (João 14.1-6, BÍBLIA DE ESTUDO PLENITUDE).
Por fim, Jesus adverte que nos previnamos, pois entre os fiéis aparecerão homens mentirosos, enganadores e fraudulentos, que se manifestarão como ovelhas, mas que na verdade são lobos cruéis, e que devem ser analisados pelas atitudes e comportamentos, pois ninguém pode permanecer por muito tempo com um caráter que não é dele. E assim, ninguém pode fazer coisas boas por muito tempo sendo mau. O fato de muitos fazerem parte da multidão não significa que são conhecidos de Deus, mas aqueles que edificam devem atentar para que a construção dessa nova casa esteja em um local seguro e inabalável, para que no dia da adversidade não haja risco de desabar (Mateus 7.15-27).
Referências Bibliográficas
BÍBLIA de Estudo Plenitude.
FLAVIO JOSEFO, Literatura, História dos Hebreus.
MAX LUCADO, Literatura, Simplesmente Como Jesus.
INTERLINEAR GREGO – PORTUGUÊS, Tradução de João Ferreira de Almeida.
ROBERT H. GUNDRY, Literatura, Panorama do Novo Testamento.
BISPO ABNER FERREIRA, Literatura, Revista Betel da EBD. Segundo semestre de 2022 página 06.
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